É BOM PORQUE
Aquilo de que mais gosto é de acompanhar uma autora, ver a forma como se reinventa continuamente a cada novo livro, como surpreende, como se desafia a si mesma e aos leitores. E é isso que a Maria Isaac nos dá neste livro, uma nova versão dela enquanto escritora, uma história original e absorvente sobre as versões de nós mesmos a que nos agarramos. Este livro é narrado por Miguel Godói que, depois de um acidente, fica com muitas sequelas físicas, incluindo uma epilepsia que o faz ter apagões onde fica vários dias sem saber o que andou a fazer, sem memória desses momentos sem consciência. O que é que é real ou não? Que histórias que ele conta a si mesmo são reais? Que dores insuportáveis não o deixam libertar-se, optando por viver numa ilusão? É um livro extraordinário sobre as histórias a que nos agarramos, mesmo que nos possam matar.
As histórias que nos matam de Maria Isaac
PONTOS A FAVOR
🗣️ Incentivo ao diálogo: luto, família, traumas, doença
🥲 história original que nos mostra uma nova Maria Isaac
📚 Autora do Book Gang
🇵🇹 Autora portuguesa
SINOPSE
Amor é um sonho que ninguém esquece.
Miguel Godói viveu um casamento feliz, que deveria ter durado para sempre. Mas acidentes acontecem, as histórias mudam, os heróis também morrem, e até os casamentos felizes chegam ao fim. Agora sozinho numa vida que não escolheu para si, aprende a conviver com as limitações de um corpo partido e mal emendado, com uma epilepsia peculiar que o tornou num doente crónico, e a fazer sentido do mundo entre as suas memórias imperfeitas.Numa manhã de inverno, Miguel conhece uma misteriosa criança que o leva até a uma casa desconhecida na Madragoa à procura de respostas sobre o livro enigmático que chegou às suas mãos. O que lá encontra, porém, são ainda mais perguntas e uma possibilidade inesperada: um novo amor por uma mulher.
Perdido há demasiado tempo no lugar-comum do sofrimento, onde as dores familiares transformam a nostalgia na escolha preferencial, Miguel Godói enfrentará agora a vertigem de alcançar uma esperança até aqui desconhecida.