É BOM PORQUE
Eu sou suspeita porque A Outra Metade foi um dos meus favoritos em 2021, quando o lemos aqui no Book Gang, um livro que estou sempre a recomendar e que, para quem não leu, este verão é para o lerem. E há muito que ansiava finalmente pela chegada de As Mães, o primeiro livro da autora onde acompanhamos a relação de três jovens: Nadia e Aubrey, órfãs de mãe e o impacto que isso tem nelas ao longo dos anos, e Luke e a sua relação com as duas amigas. É também um livro sobre os segredos que todos escondemos pelas mais variadas razões e que, ali, numa comunidade afro-americana marcada pela fervorosa religião e o habitual falatório entre os membros mais velhos, segredos explosivos levam a consequências drásticas. Um livro avassalador que nos toca, emociona e enriquece.
As Mães de Brit Bennett
PONTOS A FAVOR
✊🏽 Romance sobre o luto e a amizade
🗣 Incentivo ao diálogo: luto, religião, classe social, abuso sexual
🌟 Leitura galopante
⏰ Leitura rápida
SINOPSE
O romance de estreia de Brit Bennett, autora do fenomenal a outra metade e herdeira da tradição literária norte-americana firmada por James Baldwin, Toni Morrison e Chimamanda Ngozi Adichie.
Sobre o pano de fundo de uma comunidade afro-americana marcada pela religião, no Sul da Califórnia, As Mães conta uma história comovente e perspicaz sobre amor e ambição. Tudo começa com um segredo: «Todos os bons segredos têm um determinado sabor antes de os contarmos, e, se tivéssemos demorado mais algum tempo a degustá-lo, teríamos porventura reparado na acidez típica de um segredo ainda por amadurar, colhido cedo demais, rapinado e propagado antes do tempo certo.»
Nadia Turner está no fim do liceu e é uma adolescente rebelde, angustiada, muito bonita. Imersa no luto após o suicídio da mãe, envolve-se com Luke, um rapaz um pouco mais velho, filho do pastor da comunidade. São miúdos, não é nada sério. Mas desse romance resultará um segredo com um impacto duradouro. Pouco depois, Nadia abandona a terra natal, para forjar uma vida só sua.
Os anos passam. Já adultos, Nadia, Luke e Aubrey, a melhor amiga, ainda vivem no rescaldo da escolha que fizeram naquele Verão à beira-mar, enredados num estranho triângulo amoroso e perseguidos pela dúvida: como seria agora, se tivessem, então, feito uma escolha diferente?
Numa prosa encantatória e desafiante, As Mães revela que as escolhas que seguimos deixam marca até ao fim.Agridoce, sensual, moralmente desafiante. The New York Times Book Review
Há romances que encontram o seu lugar enquanto os lemos e há romances que se tornam mais complexos quando pensamos neles retrospetivamente. Brit Bennett alcança aqui uma rara combinação, com um livro que vibra ao virar da página e que incita reflexão posterior. The Washington Post
Exuberante, cheio de segredos, traições e acertos de contas […]. A crescente complexidade das personagens determina a urgência deste romance. The New York Times
As personagens deste livro transmitem uma mensagem fortíssima sobre culpa e vergonha, sobre as expectativas em torno do corpo das mulheres, sobre o que acontece quando as mulheres negras não se comportam como deveriam. […] Um romance maravilhosamente escrito e que permanece connosco - uma estreia impressionante para uma tão jovem escritora. The Guardian