É BOM PORQUE
Atenção, este é um livro provocador, intenso e perturbador, daqueles que mexe mesmo connosco e nos faz experienciar emoções duras. Passado no presente nos EUA, os governos tutelam a guarda parental como uma ditadura. Quando Frida é considerada uma má mãe por ter deixado a filha sozinha, é enviada durante um ano para uma escola (mais uma prisão) onde mulheres de todo o país são institucionalizadas contra a sua vontade para aprenderem a ser boas mães. A forma como estas mulheres são tratadas é um espelho de como a maternidade é cada vez mais escrutinada e desumanizada. As injustiças de que Frida é vítima (por parte de todo o sistema) levam-nos à loucura mas não deixam de ser uma crítica ao julgamento que a sociedade faz do nosso papel de mãe. É um livro fabuloso, que traz ainda reflexões sobre as diferenças culturais na educação. Uma distopia brutalmente realista que nos cativa e absorve do princípio ao fim. Não conseguia parar de ler.
Escola para Boas Mães de Jessamine Chan
PONTOS A FAVOR
🤯 Meio distopia
🗣 Discussão de temas importantes
🎞 Vai ser adaptado para série
📖 Leitura provocadora e intensa
SINOPSE
Frida Liu está exausta. Depois de ser abandonada pelo marido com uma filha pequena, vê-se obrigada a conciliar o trabalho a tempo parcial com a educação de Harriet. Mas, por mais que ame a filha e por muito que se esforce, nada parece ser suficiente. E tudo piora quando Frida tem um dia muito mau e se vê obrigada a deixar a menina sozinha em casa por algumas horas.
O Estado tem vigiado mães como Frida: mulheres que deixam os filhos sem supervisão, que se distraem com outros afazeres enquanto as crianças brincam, que cometem erros. Frida perde a guarda de Harriet e é inserida num programa de reabilitação que visa formar mulheres para se tornarem boas mães.
Perante o risco de perder Harriet para sempre, Frida tem de provar que consegue corresponder aos padrões de exigência da Escola para boas mães - que consegue aprender a ser boa, mesmo quando o julgamento parece injusto e o sucesso parece impossível.
Nomeado para vários prémios está a ser adaptado a série televisiva.Numa altura em que o controlo exercido pelo Estado sobre o corpo (e a autonomia) das mulheres parece mais arrepiante do que nunca, este livro parece horrivelmente inacreditável e assustadoramente presciente ao mesmo tempo. Vogue
O livro de estreia de Jessamine Chan, que é revoltantemente atual, pega na ideia dos críticos de bancada da maternidade e eleva-a ao nível da vigilância estatal, o que pode ler-se mais como antevisão do que distopia, dependendo da sua esperança no caso Roe vs. Wade… arrepiante… inteligente. The New York Times Review
Esta estreia fascinante não podia ser mais atual, não deixando nada por dizer na sua alusão a agressões reais que afetam as mulheres atualmente. Em parte distopia, em parte presciente, é impossível de largar e impossível de esquecer. Library Journal
Um livro de estreia intenso e impossível de largar que irá, sem sombra de dúvida, estimular a discussão sobre o que significa ser boa ou má mãe. Oprah.com
Jessamine Chan reúne o julgamento e a pressão que a sociedade exerce sobre as mulheres que se atrevem a ser multifacetadas e transforma-os numa história estimulante e percetível. Entertainment Weekly
Uma distopia apaixonante que aborda temas complexos sobre a parentalidade com profundidade e sentimento. Kirkus Reviews